Prevenção é a melhor saída.


prevenção, intervenção, recuperação e reinserção social ao uso indevido do álcool e outras drogas.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

oficina de Texto

O REI E A FÉ
(Colaboração profª Dora – Jandaia do Sul).

Objetivo – Esta aula tem por objetivo, mostrar o valor da crença e da fé neste ser Transcendente que nunca nos abandona, por mais difícil que seja a situação vivencial de nosso cotidiano.

Certa vez, um rei foi caçar com um súdito que tinha muita fé e um imenso amor por  Deus.
Este súdito sempre dizia ao rei que seu Deus era maravilhoso e tudo o que Ele fazia era correto.
Durante a caçada foram surpreendidos por um animal feroz, que atacou o rei. O rei logo gritou  ao súdito que pedisse ao seu Deus que o salvasse, apesar de sua incredibilidade. Eis, que a vida do rei foi salva, porém a fera comeu-lhe um dedo. O rei ficou furioso e mandou prendê-lo por trinta dias na masmorra. Novamente, o rei foi caçar, perdendo-se na mata e deparou-se com uma tribo de canibais, que o aprisionou para devorá-lo. Ao passar pela apreciação da hierarquia da tribo, perceberam que o rei era imperfeito, pois lhe faltava um dedo. Então soltaram-no. Ao chegar no palácio, foi logo solto o súdito que muito feliz, repetiu como sempre:  - Meus Deus é maravilhoso e tudo o que ele faz é correto.
O Rei perguntou: - Se o seu Deus é tão maravilhoso e correto, porque ele permitiu que eu o prendesse? – Meu rei, se eu não estivesse preso, eu estaria com o senhor na caçada, e como eu tenho o corpo perfeito, a quem os canibais devorariam?


1.    Na sua opinião, em que momento o rei valorizou a fé do seu súdito?
2.    Na sua opinião, pode-se identificar no texto a manifestação do sagrado? Que situação é essa?
3.    O que o rei entendeu como manifestação do sagrado, pode ser explicado de outra forma? Qual?
4.    Em que momentos você pensa num ser superior?
5.    Quem nesse texto vivencia sua fé?


oficina de Texto

O REI E A FÉ
(Colaboração profª Dora – Jandaia do Sul).

Objetivo – Esta aula tem por objetivo, mostrar o valor da crença e da fé neste ser Transcendente que nunca nos abandona, por mais difícil que seja a situação vivencial de nosso cotidiano.

Certa vez, um rei foi caçar com um súdito que tinha muita fé e um imenso amor por  Deus.
Este súdito sempre dizia ao rei que seu Deus era maravilhoso e tudo o que Ele fazia era correto.
Durante a caçada foram surpreendidos por um animal feroz, que atacou o rei. O rei logo gritou  ao súdito que pedisse ao seu Deus que o salvasse, apesar de sua incredibilidade. Eis, que a vida do rei foi salva, porém a fera comeu-lhe um dedo. O rei ficou furioso e mandou prendê-lo por trinta dias na masmorra. Novamente, o rei foi caçar, perdendo-se na mata e deparou-se com uma tribo de canibais, que o aprisionou para devorá-lo. Ao passar pela apreciação da hierarquia da tribo, perceberam que o rei era imperfeito, pois lhe faltava um dedo. Então soltaram-no. Ao chegar no palácio, foi logo solto o súdito que muito feliz, repetiu como sempre:  - Meus Deus é maravilhoso e tudo o que ele faz é correto.
O Rei perguntou: - Se o seu Deus é tão maravilhoso e correto, porque ele permitiu que eu o prendesse? – Meu rei, se eu não estivesse preso, eu estaria com o senhor na caçada, e como eu tenho o corpo perfeito, a quem os canibais devorariam?


1.    Na sua opinião, em que momento o rei valorizou a fé do seu súdito?
2.    Na sua opinião, pode-se identificar no texto a manifestação do sagrado? Que situação é essa?
3.    O que o rei entendeu como manifestação do sagrado, pode ser explicado de outra forma? Qual?
4.    Em que momentos você pensa num ser superior?
5.    Quem nesse texto vivencia sua fé?


Oficina de Texto – Ensino Religioso



O PAÍS DE EVILATH – (Luís Fernando Emediato)

            No princípio era tudo escuro, vão e vazio. As trevas cobriam a face do abismo, e eu era muito criança para entender as coisas. Mas, ainda assim, eu percebia que nosso pai não era um homem comum. Ele chegava e saía como se fosse o vento, as águas, o fogo ou o próprio Deus em busca de um sentido para a sua existência.
            Mas pouco a pouco nós fomos crescendo e começamos a entender tudo. Nosso pai procurava o que todos nós haveremos de procurar um dia, se quisermos provar a nós mesmos que estamos vivos. E naquele tempo, como ainda hoje, ele procurava o país de Evilath, onde nasce ouro e todas as pessoas são certamente felizes.
          À noite, sem sono, eu sonhava acordado com esse país estranho. Em Evilath todas as pessoas eram boas e perfeitas. Talvez se comunicassem por sorrisos, quem sabe se beijassem na testa, para dizer bom dia ou boa tarde, quem sabe não houvesse mendigos, nem fome, nem escuridão. Evilath, dizia papai com os olhos brilhando, era um país amplo e largo.
            Às vezes, eu pensava que esse lugar só podia existir na imaginação de papai, mas mesmo assim gostava de fechar os olhos e imaginar todos nós naquele país por onde passava um rio chamado Fison. Era o país do nosso pai, e eu gostava dele.

COMPREENDENDO O TEXTO.

1. “No princípio era tudo escuro, vão e vazio. As trevas cobriam a face do abismo...”

a). Dê um sinônimo para: princípio...começo/início.... trevas......escuridão absoluta..

b) Esse trecho lembra o início de um livro muito importante para a humanidade.
Cite o livro.


2).  O que fazia de Evilath um país estranho?

3) Que tipo de sociedade caracteriza Evilath? Há alguma semelhança com a sociedade em que vivemos? Justifique sua resposta.

4.O Brasil infelizmente ao é Evilath. O que em sua opinião, deve acontecer para que o Brasil se torne esse país?


5) Você se considera feliz? O que é necessário para que uma pessoa se sinta feliz? Faça um quadro  aquilo que o faz feliz e aquilo que o faz infeliz na vida.

6). “Às vezes, eu pensava que esse lugar só podia existir na imaginação de papai, mas mesmo assim gostava de fechar os olhos e imaginar.”
Imagine , um lugar em que todas as pessoas sejam felizes. Escreva, um texto contando como é esse lugar. Invente um título para o seu texto.


segunda-feira, 4 de março de 2013

site: http://www.minhavida.com.br


16 dicas para melhorar a vida da criança com TDAH


Ajude a criança a lidar com a falta de atenção, desorganização e impulsividade

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade é o transtorno psiquiátrico mais comum não-diagnosticado entre os adultos e um dos mais prevalentes na população mundial: 3 a 5% de adultos e crianças apresentam o problema, segundo o psicólogo clínico Ronaldo Ramos, diretor executivo da Associação Brasileira de TDAH. Um novo levantamento feito pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também mostra que o consumo do medicamento metilfenidato, usado para o tratamento de hiperatividade, cresceu 75% de 2009 a 2011 por crianças com idades entre seis a 16 anos.

"O uso de medicação contra TDAH pode ser iniciado por volta dos oito anos de idade, de forma a estimular uma maior produção de neurotransmissores no cérebro da criança e melhorar a atenção", explica o psicólogo Ronaldo. Mas é preciso fazer um diagnóstico preciso da doença antes e - se realmente for detectado o problema - aliar ao tratamento medicamentoso terapias e alguns hábitos diários. Confira o que especialistas recomendam aos pais e responsáveis para melhorar o convívio, o bem-estar e o desenvolvimento da criança.  



Regras são necessárias

A neuropsiquiatra Evelyn Vinocur, especialista em TDAH, dá a seguinte recomendação: "Estabeleça regras de modo simples e específico e escreva-as em post-its que fiquem em locais de fácil visão para o seu filho". Você também pode pedir para que ele repita as instruções, de forma a fixá-las, mas sem esbravejar - sempre com paciência.

Segundo o psiquiatra infantil Gustavo Teixeira, professor visitante do Departament of Special Education da Bridgewater State University, nos Estados Unidos, crianças com TDAH apresentam dificuldade em se organizar, são "esquecidas". "Devemos auxiliar com estratégias que prendam a atenção e as façam se lembrar de compromissos e regras", explica o médico. 
Mãe abraçando o filho - Getty Images

Reforço positivo

Gustavo Teixeira conta que elogios são bons exemplos de reforço positivo em casos de bons comportamentos: "Vamos lá", "você consegue", "parabéns", "bom trabalho". Fique atento a todas as oportunidades para elogiar sempre que ele fizer algo corretamente. "Mas tenha cuidado para não exagerar demais quando há pequenos acertos, pois ele vai perceber", comenta Evelyn Vinocur. Procure elogiar o que há de melhor na criança. 
Pai dando bronca na filha - Getty Images

Limite de críticas

Se não for possível elogiar o comportamento, dê um retorno mesmo assim - sempre por meio de um diálogo. Lembre-se de que isso não é um passe livre para criticar demais a criança, mas sim esclarecer o que seria mais apropriado e esperado dela naquele momento. "Criticar demais prejudica a autoestima da criança, que é ainda mais vulnerável por causa do TDAH", explica o psiquiatra infantil Gustavo. Cobre empenho e não resultados. 
Mãe e filha anotando um calendário com as atividades - Getty Images

Planeje as atividades

"Crianças com TDAH apresentam dificuldade em gerenciar o tempo e se organizar em qualquer atividade", explica Gustavo Teixeira. Por isso, ajude o seu filho a mudar de forma suave e gradativa, planejando com antecedência as atividades. Procure também preparar a criança para qualquer mudança que altere a sua rotina, como festas, mudanças de escola ou de residência.
Filho destruindo os brinquedos - Getty Images

Paciência e humor

É verdade que todos os pais precisam ter muita paciência e bom humor para educar os seus filhos, mas pais de crianças com TDAH precisam reforçar um pouco mais esse cuidado. Pode ser difícil entender algumas atitudes impulsivas da criança, que tende a agir e falar em alguns momentos sem pensar ou a não prestar atenção em assuntos importantes. "Com senso de humor e calma, você terá condições de evitar conflitos", sugere Evelyn Vinocur. 
Pais discutindo com a criança na frente - Getty Images

Respeito e compreensão

"Tenha sempre em mente que você está lidando com uma condição médica que seu filho tem e não com uma falha de caráter", afirma Evelyn Vinocur. Espere que seu filho tenha dias bons e ruins, mas lembre-se de que culpar o seu filho, você ou seu companheiro não vai ajudar em nada. "Todos vocês estão juntos no mesmo barco e fazendo o melhor que podem", diz a neuropsiquiatria.

Não se esqueça de que seu filho está tentando corresponder às expectativas, mas às vezes não consegue por conta das características do TDAH. Procure não desanimar diante dos obstáculos. Converse bastante com especialistas para se sentir melhor e mais seguro diante de suas atitudes com a criança.  
Criança cheia de dúvidas - Getty Images

Seja objetivo

Mantenha limites claros e consistentes, olhando nos olhos da criança sempre que for falar e relembrando-os com frequência. "Não fale muito nem seja mole demais - responda com clareza a ação apropriada", sugere Evelyn Vinocur. Dessa forma, você facilita o entendimento e a compreensão das regras. 
Irmaõs competindo no braço de ferro - Getty Images

Evite comparações

Se você tem mais de um filho, não faça comparações entre eles. "Cada criança tem suas facilidades ou dificuldades específicas e fazer comparações pode estimular a competição entre elas e prejudicar a autoestima", esclarece o psiquiatra infantil Gustavo.  
Criança pensando e conversando com o pai - Getty Images

Saiba o que a criança está sentindo

Não sabe como? O diálogo é sempre o melhor caminho. "Conversar, explicar, orientar, apoiar e procurar entender as dificuldades da criança é fundamental para ajudar no desenvolvimento acadêmico e social", afirma Gustavo Teixeira. Nessas conversas, procure sempre perguntar do que a criança precisa e o que está achando das coisas. É claro que não vai dar para atender a todos os pedidos dela, mas é possível estabelecer acordos.  
Mãe ajudando filho a terminar tarefa - Getty Images

Atividades sempre finalizadas

Ensine a criança a não interromper as atividades. O psicólogo clínico Ronaldo Ramos, diretor executivo da Associação Brasileira de TDAH, conta que a criança com a doença tem dificuldade de completar tarefas porque há outros estímulos dentro do ambiente que ela está que chamam a sua atenção, dificultando o foco. "Procure estabelecer um período certo para a tarefa que não seja muito prolongado, incluindo também alguns momentos de descanso entre uma atividade e outra", sugere o especialista. 
Quarto da criança - Getty Images

Quarto sem estímulos exagerados

O quarto não pode ser um lugar repleto de elementos que vão desviar o foco da criança, como brinquedos, pôsteres, etc. "Isso não quer dizer que não é possível decorar o ambiente do seu filho, mas sim que é preciso isolar alguns locais específicos", explica o psicólogo Ronaldo, que dá um exemplo: o canto onde a criança vai estudar precisa ser uma escrivaninha com poucos objetos em cima e sem muitos pôsteres na parede. "Esse cuidado é uma forma de melhorar o rendimento da atenção." 
Mãe e filha praticando exercícios - Getty Images

Estimule a pratica de atividades físicas

A criança com TDAH que tem agitação psicomotora pode se beneficiar dos exercícios físicos. "É bom intercalar atividades mais calmas com atividade física, como forma de lazer e para gastar um pouco da energia e diminuir a agitação", explica Ronaldo Ramos. Mas é importante estabelecer regras: pode jogar futebol por uma hora, por exemplo, e não durante mais de quatro horas seguidas. "A criança pode não ter limites se gostar muito da atividade, a ponto de não se dedicar a outras atividades e ficar exausta", conta o psicólogo. 
Crianças vendo livro infantil juntas - Getty Images

Estimule amizades

É por meio do contato com outras crianças que o seu filho também irá aprender algumas regras de sociabilidade e estabelecer limites para suas atitudes. "As crianças hiperativas falam tudo o que vem à cabeça, sem filtrar, e podem se tornar desagradáveis nos relacionamentos", diz o psicólogo Ronaldo. "Já as crianças que são mais desatentas tendem a ser mais introspectivas, precisando de um estímulo para se relacionar." Procure sempre conversar com os professores da escola para saber como anda o convívio do seu filho com os colegas e o comportamento de todos. 
Pai ensinando filho a preparar salada - Getty Images

Estimule a independência

É nos pais que a criança com TDAH encontra um porto seguro que está sempre à disposição para ajudá-la a se organizar, a agir e a não perder o foco. "Não é errado, mas é preciso fazer com que ela aos poucos se lembre das regras e se organize sozinha", recomenda Ronaldo Ramos. 
Jogo de tabuleiro - Getty Images

Brincadeiras com jogos e regras

Além de serem divertidas, essas brincadeiras desenvolvem a atenção da criança e permitem que ela se organize por meio de regras e limites. Desse modo, o filho aprende a participar e a compreender momentos de vitória, empate e de derrota. 
Criança dormindo no colo da mãe - Getty Images

Recarregue a "bateria"

Algumas crianças com TDAH podem descarregar a energia rapidamente. Se for o caso do seu filho, procure sempre incluir momentos na rotina para recarregar a disposição: um simples cochilo durante o dia, o hábito de passear com o cachorro, um fim de semana diferente longe de casa, entre outras atividades. Descubra como a sua criança pode se sentir melhor. 

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Álcool e gestantes


Você sabia que a gestante
que abusa do álcool
durante a gestação faz do
feto um co-consumidor
de álcool, uma vez que a
placenta não filtra o álcool
do sistema circulatório
da mãe para o feto. O
resultado pode ser uma
Síndrome Alcoólica Fetal -
SAF, com lesões possíveis,
como deficiência de
crescimento intrauterino
e pós-natal, microcefalia,
dentre outros. Também são
frequente deformações
físicas, principalmente, nas
extremidades, na cabeça,
no coração e nos órgãos
genitais. Outro sintoma
frequente é a síndrome de
abstinência, que se instala
no recém-nascido logo
após o parto, podendo levar
a uma morte repentina
após horas de vida, e que
nem sempre é devidamente
diagnosticada.
Após 40-60minutos de
ingestão de álcool por uma
gestante, a concentração de
álcool no sangue fetal fica
equivalente à concentração
de álcool no sangue da
mãe.

terça-feira, 10 de julho de 2012


2. DEPENDENTE QUÍMICO: UM SER HUMANO
Dentro de um programa de recuperação terapêutico-educativo é importante considerarmos alguns aspectos gerais sobre a concepção do ser humano “dependente químico”: 
  1. Acima de tudo é um ser capaz de entender, querer e decidir, mesmo considerando o abismo em que se encontra, mas com um problema a mais. Este problema se manifesta através do sintoma da dependência química mascarando, em vários níveis, a perda de autonomia e liberdade pessoal para fazer projetos, escolhas e tomar decisões.
  2. Mesmo com a doença manifestada conserva todas as capacidades e possibilidades de resgatar a autonomia individual, a capacidade de escolher e decidir.
  3. Conserva a capacidade e possibilidade de transformar a sua problemática humana em um projeto: tem a possibilidade de projetar inicialmente, e viver, depois, uma existência repleta de significados e valores. Pode, a qualquer momento, valorizar a si mesmo se descobrir o significado da sua história pessoal.
  4. É um ser humano confuso e ferido: está fazendo mal a si mesmo e, neste momento, é incapaz de se defender. Por isso necessita de uma ajuda externa que o acompanhe em uma nova direção e o sustente com amor e profissionalismo.
  5. É um ser humano sozinho, fisicamente separado dos outros, emocionalmente fechado, socialmente marginalizado que, porém, não perdeu a criatividade, a necessidade de “pertencer”, de fazer amizades e ter amor.
  6. Um ser humano capaz de confrontar, estimar, respeitar, perdoar, de mostrar qualidades e de ter consciência. È um protagonista, digo, comunicativo e dinâmico que expressa. Muda, cresce. Desenvolve-se partindo de si mesmo em direção aos outros.
  7. Um ser humano feito para viver em grupo expressando sentimentos, fatos, acontecimentos para resgatar valores comuns e reduzir as tensões sociais.
  8. Um ser humano  único e personalizado na sua dimensão familiar e social. Único porque é um ser vivo: valor máximo e transcendente a qualquer ouro em sua história, que pode ser sujeito e jamais objeto, objetivo e fim jamais, instrumento e meio para conseguir algo.
  9. Concluindo: é uma pessoa capaz de renascer e reprojetar a própria vida em direção a autonomia e liberdade, através de um relacionamento intenso, da sua criatividade, de novas relações familiares, de sua presença ativa e dinâmica no seu grupo social.
  
3. SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS
Conforme definição da OMS (Organização Mundial da Saúde) são consideradas substâncias psicoativas todas aquelas de origem natural ou sintética, incluindo álcool, que uma vez utilizadas, modificam as percepções sensoriais.

Não fazemos distinções entre substâncias leves, pesadas, estimulantes, depressoras ou alucinógenas porque não consideramos o sintoma da dependência química através das substâncias psicoativas utilizadas, mas sim através da problemática humana que está por trás de tudo.

Isto não significa que ignoramos as substâncias químicas e os efeitos que estas causam às pessoas. Quando se faz necessário tratar sintomatologia que as drogas causam às pessoas, estas devem ser encaminhadas aos serviços médicos especializados.

Partimos do pressuposto que qualquer pessoa, se desejar verdadeiramente, pode parar de fazer uso de qualquer substância química sem que isso possa acarretar-lhe algum problema físico sério. A experiência nacional e internacional tem demonstrado que os sintomas da abstinência podem ser “represados” dentro da Comunidade Terapêutica, na maioria dos casos, pela alta coesão do ambiente criado pelo grupo.

Dramatizar a crise de abstinência, muitas vezes, é um jogo das pessoas que querem parar de usar drogas, porém não estão dispostas a lutar verdadeiramente para conseguir. Isto reforça o comportamento típico do dependente químico, ou seja, conseguir alguma coisa sem, na verdade, “lutar para”, como é a dinâmica que a vida impõe a todos os seres humanos. A droga esconde o sentimento de incapacidade, falência, impotência, etc.  

Para que haja um processo de recuperação é necessário:

  • O abandono total de quaisquer substâncias psicoativas (exceções para pessoas com comprometimentos neurológicos ou distúrbios psiquiátricos além do quadro da dependência química),
  • Mudança dos comportamentos e
  • Mudança de estilo de vida.

  • A dependência química não pode ser tratada com medicação alternativa para aliviar o sofrimento que a própria doença causa porque este tipo de medicação impede o dependente de entrar em contato consigo mesmo, perpetuando o seu estado de dependência. Nenhum dependente consegue fazer uso de substâncias psicoativas todos os dias na quantidade e qualidade que deseja; algumas vezes não faz uso por diversos dias e não morre por crise de abstinência.

    Sabemos que a crise de abstinência pode ser sentida, mas o dependente,muitas vezes, quer impressionar para ver se consegue algum tipo de medicação alternativa quando não consegue obter a dose habitual. O dependente não precisa de nossa compaixão ou pena pelo mal-estar provocado pela crise de abstinência . A manipulação do dependente intensificando os próprios sintomas da crise é quase automática. Porém, quando eles demonstram o desejo de parar de usar e recebem a ajuda adequada, existe uma grande possibilidade de deixar a droga. Este é o momento de oferecermos uma proposta alternativa e uma mudança de estilo de vida.

    Devemos evitar intervenções confusas que podem prejudicar o dependente. A qualquer momento que o dependente não consiga ou não queira aceitar as propostas do programa deve ter a liberdade de fazer outras escolhas (é importante se fazer uma última tentativa no intuito de ajudá-lo a entender o porquê de outras escolhas) ou ser encaminhado a outras propostas. É importante evitarmos a confusão, pois este é o terreno predileto do dependente.

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